O I3GS foi criado para gerar inteligência no campo da gestão pública e corporativa, para atuar como uma Think Tank tecnológica, produzindo e difundindo conhecimentos com o objetivo de influenciar transformações sociais, políticas, econômicas, ambientais, culturais e científicas. Este, inclusive, é o DNA do I3GS, que nasceu para apoiar as pesquisas realizadas na Universidade de Brasília, em especial, no âmbito do grupo de pesquisa Gestão por Eficiência, certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq (desde 2015).
Por um Brasil mais Eficiente é um movimento que nasce no ambiente acadêmico, em decorrência de estudos e pesquisas realizados para compreender o contexto e as condições que favorecem a eficiência na gestão, denominado Gestão por Eficiência. A causa deste movimento, que deve ser compartilhado com todos os segmentos da sociedade, é de transformar paradigmas, divulgando e promovendo os conceitos e práticas de Eficiência como fundamentos imperiosos para a gestão pública e corporativa. A busca pela eficiência passa pela comparação entre unidades produtivas (concorrência) que obriga os gestores a gerarem novas combinações, que produzam inovações e, por conseguinte, progresso tecnológico e novas fronteiras de eficiência. Este progresso, na visão de Shumpeter¹, gera mudanças estruturais e ganhos de competitividade que são, em última instância, condições necessárias para o desenvolvimento do País. Para isso, devemos ir além do discurso e propiciar condições para aplicação prática dos conceitos que fundamentam a proposta de Gestão por Eficiência, permitindo que as organizações, municípios, estados, ou quaisquer unidades produtivas, possam estimar seu índice de eficiência - IEfi e obter parâmetros de melhorias necessários para atingí-la. Os alicerces de sustentação do movimento são:
a) Do ponto de vista teórico-conceitual e metodológico – os resultados (em construção contínua) dos estudos e pesquisas realizados no âmbito do Projeto Gestão por Eficiência, certificado pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, desde 2015;
b) Do ponto de vista institucional - a criação do I3GS para garantir a operacionalização das ações necessárias para viabilizar o movimento, em especial, o Programa Nacional de Certificação da Eficiência na Gestão e a Plataforma Gestão por Eficiência;
c) Do ponto de vista técnico-instrumental – a criação da plataforma Gestão por Eficiência que permite - de forma interativa ou a partir de banco de dados abertos - estimar os índices de eficiência da gestão de organizações (públicas ou privadas), municípios, ou quaisquer unidade produtiva em estudo, além dos parâmetros de melhorias e georreferenciamento; d) Do ponto de vista da certificação – criação do Programa Nacional de Certificação em Eficiência na Gestão - PNCEG. O Programa de certificação é gerido pelo I3GS e operacionalizado via Plataforma Gestão por Eficiência.
f) Do ponto de vista da viabilidade econômica – Pretende-se contar com o apoio institucional de entes públicos diretamente ligados com a avaliação e controle da gestão pública e com os temas de interesses que serão avaliados e certificados. Além do apoio financeiro de empresas e organização privadas e/ou sem fins lucrativos que tenham interesse em apoiar o movimento, assim como de internalizar a perspectiva da eficiência na própria gestão.
A eficiência é um conceito relativo, pois só pode ser estimada a partir da comparação entre unidades produtivas. A Eficiência é alcançada quando uma unidade produtiva consegue aumentar a produção e/ou diminuir os recursos utilizados. Para calcular a eficiência a partir da comparação entre unidades produtivas, a principal metodologia utilizada é nomeada de Análise Envoltória de Dados – DEA. A partir desta metodologia é possível estimar índices de eficiência - IEfi (scores entre 0 e 1) de unidades produtivas, utilizando múltiplos insumos e produtos. Os modelos podem ser calculados para mensurar a produção máxima, considerando os insumos constantes (orientados aos produtos), ou, para estimar os valores mínimos de insumos, considerando os produtos constantes (orientados aos insumos). Prioritariamente, pode-se estimar modelos com retorno constante ou variável de escala. O primeiro modelo parte do princípio de que o conjunto de unidades avaliadas é homogêneo e se diferenciam apenas nas quantidades de insumos utilizadas e produtos gerados. O modelo com retorno variável de escala permite a comparação entre unidades produtiva com diferentes dimensões. Para a estimativa dos modelos que compõem os Atlas da Eficiência elaborados pelo I3GS, são realizados inicialmente um levantamento bibliográfico para identificar os principais componentes e procedimentos dos modelos disponíveis na literatura da área de estudo específica de cada Atlas. Assim, são realizados:
1. Definição das variáveis de insumo e produto do modelo específico (as variáveis selecionadas são preferencialmente de bases de dados abertas de órgãos oficiais – DATASUS, INEP, SNIS, IPEA, IBGE etc);
2. Definição do tipo de retorno;
3. Agrupamento das variáveis nas mesmas unidades geográficas;
4. Cálculo do modelo em dois sentidos, com orientação à maximização de produtos e orientado à minimização de insumos - permitindo ao leitor a comparação entre os resultados aferidos e os caminhos possíveis para tornar a gestão do município mais eficiente quanto à utilização de seus recursos.
5. O índice de eficiência - IEfi é classificado em: Ineficiência Extrema – 0 a 0,599 Ineficiência Crítica – 0,600 a 0,799 Ineficiência Moderada – 0,800 a 0,999 Eficiência (benchmark) - 1.
6. Elaboração do ATLAS DA EFICIÊNCIA: Gestão Municipal da Educação Após os estudos prévios o modelo do Atlas da Eficiência da Gestão Municipal da Educação foi elaborado com 3 inputs e 3 outputs, lembrando que os valores das variáveis selecionadas para o modelo (Tabela 1) estão restritas à atuação da unidade.
Programa Nacional de Certificação em Eficiência na Gestão – PNCEG O Programa Nacional de Certificação em Eficiência na Gestão – PNCEG é a chancela com o Selo IEfi às empresas (públicas e privadas) e municípios que atingiram e mantiveram, dentro do ciclo de avaliação, níveis de eficiência, comparado com outras unidades ou consigo mesmo em um determinado período de tempo. Objetivo O principal objetivo do PNCEG é provocar mudanças de paradigmas na gestão que impactem diretamente o desenvolvimento do País. Isso é possível priorizando um modelo de gestão que tenha como referência a busca por melhores práticas que conduzam a novas fronteiras de eficiência, a partir da comparação de desempenho entre unidades produtivas. Esta comparação permite uma dinâmica de concorrência/competição que induz o surgimento de novas tecnologias/inovações que irão conduzir as unidades comparadas a novos níveis de eficiência, criando um ciclo virtuoso de evolução e desenvolvimento. Categorias de Certificação O PNCEG está dividido em três categorias de certificação, com metodologias de avaliação distintas: i) Gestão Pública; ii) Gestão Empresarial; iii) e Ecoeficiência. Metodologia para Gestão Pública O Selo IEfi é atribuído a partir de um processo inteligente. Utilizando-se a plataforma de Gestão por Eficiência é possível comparar o desempenho das unidades produtivas da seguinte forma: comparação de uma unidade em um mesmo segmento, comparação de uma mesma unidade ao longo do tempo ou comparação de unidades de um mesmo grupo. Gestão Pública - prioriza-se a certificação de unidades que permitam a comparação entre elas, em especial, atividades municipais e estaduais. A partir de bases de dados oficiais são elaborados modelos de áreas e temas de interesses do País, comparando o desempenho entre municípios, entre estados da federação ou entre unidades públicas de um mesmo segmento que possam ser comparadas. A plataforma permite a elaboração do modelo de análise das áreas de interesse e estima o IEfi das unidades analisadas. Posteriormente, são elaborados os ATLAS DA EFICIÊNCIA, por tema e unidades analisados. Os municípios ou unidades analisados são automaticamente certificados com o Selo IEfi 10.001 e registrados no ATLAS DA EFICIÊNCIA. A documentação e registros são enviados às prefeituras ou unidades que obtiveram o selo, para que possam dar publicidade além daquela propiciada pela divulgação do próprio atlas e meios de comunicação utilizados pelo I3GS. O Ciclo de avaliação nesta categoria depende diretamente de cada tema analisado e da periodicidade da disponibilização dos dados pelos órgãos oficiais. Selo IEfi 10.000 é um conjunto de normas e práticas para certificação da Gestão por Eficiência. Para conhecer mais detalhadamente acesse o Manual de Certificação Efi 10.000. O Selo IEfi 10.001 trata exclusivamente da Gestão Pública.