SALÁRIO MÍNIMO REGIONAL
A Fecomércio RJ, instituição que representa mais de 300 mil estabelecimentos que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado, vem esclarecer sobre a proposta de aumento do piso salarial regional discutida no debate dos candidatos ao governo do Rio neste domingo (07/08), na TV Band Rio.
Não é verdade que o piso salarial no estado não é atualizado há três anos. As convenções coletivas de trabalho recompuseram o poder aquisitivo do piso salarial nesse período, sem a necessidade da interferência do Estado. No fim de julho, por exemplo, o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, filiado à Fecomércio RJ, e o Sindicato dos Empregados no Comércio da capital assinaram convenção coletiva de trabalho na qual estabeleceram um piso salarial de R$ 1.531 para os trabalhadores de supermercados, valor bem acima do mínimo regional estabelecido pelo poder público em estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Não se aumenta salário por decreto. Na prática, isso distorce a realidade do mercado de trabalho em uma ação artificial, sem amparo no desenvolvimento econômico e com impacto direto na geração de emprego e renda.
O Rio sofreu gravemente com desemprego no ano de 2020, no auge da pandemia, e só agora vem retomando a geração de empregos. Uma economia forte, que gera emprego e aumenta a demanda por mão de obra, é o caminho para melhorar a renda dos trabalhadores. No ano passado, foram criados 177 mil empregos e é este desempenho ao longo do tempo e com consistência, e não um decreto, que será capaz de subir o salário de maneira sustentável.
A Fecomércio RJ orgulha-se de nas últimas décadas ter uma posição independente, focada em medidas concretas e sempre aberta ao diálogo. A entidade defende, mais uma vez, que três pilares são fundamentais para a retomada do Rio de Janeiro: segurança jurídica, previsibilidade e foco na geração de emprego. Sem estas ações, nenhum decreto será capaz de efetivamente desenvolver o nosso Estado.
Sobre a Fecomércio RJ
Reúne 59 sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos negócios no setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado do Rio de Janeiro. Desenvolve soluções, pesquisas e disponibiliza conteúdo sobre questões que impactam a vida do empreendedor e colaboram nas decisões dos gestores públicos. Representa mais de 321 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,5 milhão de empregos formais, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado. Através do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) atua em assistência social, cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e população carente, enquanto o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac RJ) promove educação profissional voltada para o setor.