Bruno quer limitar tempo de permanência de policial em UPP
Geral
Publicado em 22/08/2017

O aumento da violência contra policiais militares e o estresse causado à categoria, especialmente em decorrência de confrontos em regiões dominadas pelo tráfico de drogas, são os principais motivos que levaram o deputado estadual Bruno Dauaire (PR) a propor um limite no período em que o policial poderá ficar lotado nas Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). O projeto de lei apresentado por ele na Alerj prevê a inclusão de um inciso à lei que rege o Estatuto dos Policiais Militares do Estado do Rio, que, se aprovado, não vai permitir a lotação do PM na UPP por um período superior a dois anos.

 

Vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Alerj e autor de um pedido de CPI para apurar a situação das comunidades que possuem UPPs, Bruno considera que o projeto, apresentado na semana passada, também poderá ajudar a devolver às cidades do interior os policiais que foram transferidos dos seus batalhões para a capital. Ao longo do mandato, o deputado já conseguiu o retorno de muitos PMs, mas ainda há vários deles enfrentando as longas viagens e uma realidade geográfica, social e cultural diferente da que conhecem.

 

— O projeto das UPPs faliu. É preciso repensá-lo, reorganizá-lo. E enquanto o governo não tem vontade política para enfrentar este problema, e nem mesmo para dar transparência ao que ocorre, não podemos permitir que nossos policiais continuem sendo mortos ou enfrentando doenças psiquiátricas — defende Bruno, que já solicitou informações ao comando da PM sobre o funcionamento das UPPs e teve seu pedido negado.

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